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A ESTP Paris desenvolveu um demonstrador aberto aos industriais que desejem testar projetos de infraestrutura e equipamentos no segmento das redes elétricas inteligentes, em apoio à transição energética. Uma iniciativa realizada em parceria com a VINCI Energies, em sintonia com uma lógica de cooperação entre os atores públicos e privados.

O demonstrador smart grid projetado pela ESTP Paris e pela VINCI Energies é o único a integrar equipamentos industriais.

No dia 29 de setembro de 2022, a ESTP Paris (Ecole spéciale des travaux publics, du bâtiment et de l’industrie) (Escola especial de obras públicas, construção civil e indústria) inaugurou em seu campus de Cachan (Val-de-Marne), um demonstrador smart grid singular, em parceria com a VINCI Energies, e em particular três de suas empresas, Actemium Vitry, VINCI Facilities TEM e Citeos Solutions Digitales.

“Somos a única estrutura de ensino a conceber e hospedar um demonstrador completo, integrando não só todos os tijolos de uma smart grid, ou rede inteligente, mas também incluindo equipamentos industriais”, afirma Bilal Amghar, chefe do laboratório de eletricidade da ESTP.

Projetado para atender às necessidades de treinamento, P&D e inovação no segmento das redes elétricas inteligentes, o demonstrador ambiciona ser um local de experimentação e validação acessível a todos os industriais que desejem testar projetos de infraestrutura e equipamentos em apoio à transição energética.

O objetivo da Fundação ESTP Paris, que está financiando o projeto, é receber os industriais, mas também escolas e universidades, empresas, start-ups e autoridades locais no campus de Cachan.

“A proposta da ESTP é única na medida em que está totalmente alinhada com uma lógica global de inovação aberta de forma agnóstica a todas as organizações envolvidas na aceleração da transição energética”, observa Juliette Gaborit, gerente de negócios da Citeos Solutions Digitales

A modelagem algorítmica em prol da eficiência energética

Na busca pela eficiência energética, as smart grids atuam como cabeças-de-ponte. Baseadas em tecnologias digitais, análise de dados e modelagem algorítmica, estas redes de distribuição, consumo e armazenamento permitem ajustar em tempo real o fluxo de energia às diversas necessidades de um determinado quarteirão, bairro ou território. Isto é conseguido integrando, tanto quanto possível, fontes de energia renováveis em seu esquema.

“Uma lógica de inovação aberta de forma agnóstica a todas as organizações envolvidas na aceleração da transição energética.”

Em resumo, as smart grids são sinônimo de redução do consumo de energia, migração dos sistemas para fontes mais limpas e autoconsumo para as áreas cobertas.

Mas a implantação dessas redes inteligentes continua, por enquanto, dependente do progresso da pesquisa e ainda mais da cooperação entre os atores públicos e privados. Aqui, entram em jogo os demonstradores, para permitir a experimentação de soluções energéticas inteligentes destinadas a irrigar edifícios e bairros, para testar conexões a uma rede de distribuição de eletricidade local ou regional que também integra instalações de energia renovável, e para testar e validar novos equipamentos ou serviços.

Um hipervisor com propósito pedagógico

Para cumprir esta missão, o demonstrador de Cachan é composto por um inversor de 10 kW (produção), baterias de 100 kWh (armazenamento), uma estação de carga de 14 kW para veículos elétricos (mobilidade) e um emulador inteligente de carga variável de até 50 kW (consumo).

A parametrização dos testes, o envio de cenários, a pilotagem, a visualização e a análise dos dados de consumo de energia são confiados a um hipervisor projetado pela Citeos Solutions Digitales, empresa encarregada de desenvolver soluções digitais para as autoridades locais.

“Tivemos que projetar um hipervisor capaz de parametrizar testes e servir como auxiliar pedagógico, pois o demonstrador está integrado no currículo dos estudantes da ESTP, que quer conscientizar os engenheiros de amanhã para os desafios da transição energética e o papel das energias alternativas e renováveis, particularmente no setor da construção”, enfatiza Juliette Gaborit da Citeos.

O sistema é escalável e logo será completado por uma usina de energia solar no telhado. Sua potência também evoluirá conforme as futuras conexões e a integração de novas fontes de energia. O projeto também exigiu a instalação de uma laje suficientemente resistente para suportar as cargas e garantir um fornecimento de energia corretamente dimensionado.

“Já existem planos para acrescentar duas estações de carga, em parceria com a Citeos. A curto prazo, a rede também deve incluir pilhas de hidrogênio. Este demonstrador resulta de uma postura de abertura; para nós, qualquer desenvolvimento futuro é possível”, explica Bilal Amghar, da ESTP.

 

21/04/2023