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Para satisfazer uma carteira de pedidos impressionante, a construtora de aeronaves conta com o know-how digital da marca da VINCI Energies em matéria de cadência intensa de produção  

Para atender o altíssimo número de pedidos na carteira do A320, o seu campeão de vendas, a Airbus deve incrementar significativamente a sua produção para produzir 70 aviões por mês nas suas plantas. Um aumento “colossal” da cadência, explica Didier Richard, diretor regional Indústria na VINCI Energies, cuja empresa Actemium Trappes foi encarregada pela construtura de construir uma nova planta de montagem da fuselagem traseira do avião de corredor único, capaz de produzir 41 aviões por mês.

Para otimizar a construção dos dois enormes tubos que constituem a metade traseira do A320, Actemium Trappes projetou e implementou processos de automatização já comprovados no setor automóvel mas totalmente inovadores na aeronáutica. Foram integrados robôs nas linhas de montagem para a furação e rebitagem necessários para juntar as fuselagens (entre  7000 e 8000 rebites são utilizados para a montagem). O digital também ajudou a alinhar perfeitamente os segmentos posicionados por laser.

A Actemium projetou e implementou processos de automatização comprovados no setor automóvel mas totalmente inovadores na aeronáutica.

A dimensão das peças manipuladas e a forma muito particular do avião tornam extremamente complexa a adaptação de processos normais em outras indústrias. E a automatização tem seus limites. “Conseguimos automatizar 20 % das tarefas, explica Didier Richard, mas 80 % das operações ainda devem ser feitas manualmente.” O verdadeiro desafio para a Airbus, é a cadência, e neste quesito, “a Actemium tem um know-how em produção em alta cadência, com sequencial e ‘takt ‘time’ “.

Uma precisão milimétrica

Os ganhos de produtividade com o digital devem se adaptar às problemáticas muito particulares do setor aeronáutico: peças enormes (são necessários 3 metros para montar um carro em uma linha, e 12 metros para um segmento de avião), uma grande complexidade geométrica e questões de ergonomia importantes para os operadores. Apesar de uma parte das furações e rebitagens ter sido automatizada, a maior parte das operações deve ser feita manualmente por um operador que, às vezes, deve trabalhar em posições acrobáticas, por conta da forma do avião.

Por último, a questão das tolerâncias não é a mais simples nesta equação que se assemelha à passagem de um camelo pelo buraco de uma agulha: “Devemos montar peças enormes com uma precisão de dois décimos de milímetros”, enfatiza Didier Richard.

Cada tijolo tecnológico integrado pela Actemium contribui para o incremento das cadências de produção, o que permitirá produzir 15 aviões por mês no final de 2019 e, em seguida, 41 aviões depois da fase de “ramp-up”. As plataformas móveis dobráveis que permitem passar o avião de um posto para o outro são um desses elementos. A integração do robô Flextrack pela Actemium é outro desses tijolos sustentados pelo digital. Esta máquina perfuradora posicionada em um trilho permite realizar as costuras longitudinais. O digital também é mobilizado nas fases de controle para garantir a qualidade das montagens.

Apesar de todas essas dificuldades, a primeira aeronave montada nessa nova linha de montagem com processos inovadores foi qualificada pela Airbus de fuselagem mais precisa jamais montada até agora.

12/09/2019