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Quanto mais a tecnologia permeia a vida pessoal do usuário conectado através da IoT, mais ela deve ser discreta para valorizar a experiência do cliente e não a eficiência das ferramentas. Análise com João Faria, Global Business Development Manager da Axians, que defende uma tecnologia “suave e indolor” a fim de acelerar sua aceitação.

Tsunami. A palavra é forte, mas transmite a imagem certa, a de uma onda gigante de objetos conectados inundando nosso ambiente profissional e pessoal. A irrupção da tecnologia em todas as áreas está mudando os processos, as profissões e as rotinas nas empresas, tanto na indústria quanto nos serviços.

Esta mega onda também afeta os clientes finais confrontados com a interação permanente de seus dados com as ferramentas das mais variadas plataformas. Um movimento em crescimento constante, como mostram as previsões da Statista: 25 bilhões de objetos conectados em 2019, que aumentarão para mais de 75 bilhões em 2025.

Conscientes do valor agregado da IoT, as empresas estão se equipando maciçamente: de acordo com a Forrester, 85% delas planejam implementar soluções de IoT.

O usuário apreciará muito mais as funcionalidades de uma solução baseada na IoT se as ferramentas forem discretas, ou até invisíveis“. 

Para a Axians, a marca especializada em TIC da VINCI Energies que apoia as empresas nesta mudança estratégica e tecnológica, a explosão da conectividade traz promessas, mas também riscos que precisam ser cuidadosamente analisados antes de lançar um projeto de implantação da IoT.

De fato, a tecnologia onipresente poderia ficar exageradamente visível e ocupar espaço demais em nossas vidas. É o que pensa João Faria, Global Business Development Manager da Axians. “Esta superexposição da tecnologia pode revestir duas formas”, explica. Primeiro, a solicitação constante do usuário, intimando ele a interagir, a entrar em processos rígidos e complexos, e a responder a pedidos de dados através de pop-ups invasivos. Segundo, a invasão muito concreta do espaço físico por cabos, antenas, luzes e botões diversos.”

 Priorizar a experiência do usuário

Acontece que isto pode complicar a apropriação pelo usuário das funcionalidades e serviços ligados à Internet das Coisas. A relação criada pela empresa entre seus clientes e os sensores de dados de todo tipo é fundamental. João Faria está convencido de que “levar em conta a experiência do cliente deve ser um objetivo prioritário“.

Para conseguir isto, “a empresa deve mudar seu ponto de vista“. Logo no primeiro dia de um projeto IoT, desde a fase de projeto, ela deve deixar de se focalizar na tecnologia e no hardware e concentrar-se na facilidade de uso e na experiência do cliente. Ela deve se perguntar se o objetivo da solução projetada faz sentido para o cliente. “Uma solução deve ter por objetivo principal tornar possível uma tarefa impossível e ainda por cima deixar um tempo livre para o usuário“, resume João Faria. 

A empresa deve colocar as perguntas certas. O que importa para o usuário? A solução técnica planejada atende às suas expectativas? Qual será o impacto na vida do usuário?

Segundo o gerente da Axians, “o usuário apreciará muito mais as funcionalidades de uma solução baseada na IoT se as ferramentas forem discretas, ou até invisíveis“.

João Faria completa com o exemplo de uma empresa de aluguel de equipamentos e ferramentas pesadas que queria uma solução muito simples para rastrear os equipamentos, a fim de facilitar a faturação e combater o vandalismo.

A Axians instalou sensores/balizas quase invisíveis nos equipamentos e antenas nas unidades, assim como nos veículos utilizados pelos agentes de segurança. Graças a esta solução muito discreta, ficou assegurado o monitoramento de entradas e saídas, sem ter que instalar um grande número de antenas e sem que os funcionários tivessem que escanear os equipamentos ou a confirmação do recebimento para validar a entrega.

A nuvem e a virtualização 

A evolução da tecnologia permite, portanto, “apagar” a presença dos hardware e software. É para isto que servem as soluções baseadas nas nuvens. Os clientes não veem os equipamentos e seus sistemas hospedados em locais otimizados e seguros. Isto também leva a uma crescente virtualização dos recursos. Com o advento do SDDC (Software Defined Datacenter), a tecnologia está caminhando para soluções menos baseadas em hardware e seu impacto nas soluções dos clientes está claramente diminuindo.

Outros avanços estão chegando: a consolidação das infraestruturas deve permitir acomodar as futuras novas tecnologias de transmissão, incluindo a 5G, dispensando o lançamento de grandes projetos de telecomunicações. O desenvolvimento do “Edge computing” permitirá aos periféricos processar os dados coletados localmente e enviar apenas a quantidade de dados relevantes para o nível central. Também está sendo considerada a possibilidade de utilizar um sistema padrão de coleta de dados que possa integrar qualquer tipo de sensor, uma vez que a funcionalidade dependerá do software instalado.

14/01/2021