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A BNP Paribas Real Estate, recém-instalada na antiga fábrica da Renault em Boulogne-Billancourt, França, decidiu apostar na transição energética. O edifício foi projetado como uma prefiguração do setor de serviços pós-Covid. A VINCI Energies, contratada para fornecer os lotes aquecimento, ventilação e ar condicionado, fará a manutenção técnica uma vez as obras concluídas.

Trinta e quatro meses de obras foram necessários para transformar este legado da história industrial francesa. Crédito da foto: Devisubox

Em março de 2022, os funcionários da BNP Paribas Real Estate (BNPPRE) tomaram posse do “Métal 57”, sua nova sede em Boulogne-Billancourt (Hauts-de-Seine), nos subúrbios de Paris. Foi a oportunidade para os funcionários da empresa de serviços imobiliários do grupo bancário vivenciarem um edifício de última geração.

Concebido como prefiguração do edifício de escritórios pós-Covid: polivalente, sóbrio no consumo de energia e integrado na cidade, ele devia enfrentar um desafio ainda maior, posto que o local era uma reconversão do “57 Métal”, a icônica oficina Renault projetada em 1984 pelo arquiteto Claude Vasconi. Uma fábrica ontem, um edifício de escritórios hoje…

Confiado ao arquiteto Dominique Perrault, o projeto devia atender um imperativo categórico: responder o mais plenamente possível aos desafios climáticos. O projeto do Métal 57 privilegiou as soluções passivas e integrou técnicas arquitetônicas e organizacionais que farão dele um edifício energeticamente sóbrio.

O edifício visa as certificações e selos BREEAM Excellent, BiodiverCity, Effinergie + (parte nova), BBC (parte reabilitada), WiredScore Platinum, HQE Excepcional (parte nova) e Excelente (parte reabilitada), e OsmoZ.

Os espaços de trabalho são equipados com sensores conectados a um sistema de gerenciamento técnico do edifício para racionalizar o consumo de energia do edifício.

Trinta e quatro meses de obras foram necessários para transformar este legado do passado e da história industrial francesa em um local polimórfico de 37.000 m².

Identidade industrial e novos serviços

“O maior desafio para o dono do projeto foi assumir plenamente a identidade industrial do local, em particular aproveitando a visibilidade dos elementos metálicos da estrutura e a preservação das colunas de concreto”, nota Preethibane Valmy, gerente de grupo da Lefort Francheteau Valorium, a empresa VINCI Energies contratada para realizar todos os lotes aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC).

Além de sua área de serviço, o edifício oferece um serviço de concierge de primeira linha inspirado nos códigos da indústria hoteleira, e um terraço ajardinado de 3.500 metros quadrados, propício à biodiversidade e acessível para quem gosta de jardinagem.

A BNPPRE ocupa 18.000 dos 30.000 m² de espaço de escritórios disponíveis. Foram priorizadas as práticas colaborativas: as áreas de coworking, salas de reunião, mini-labs, micro anfiteatros e work cafés ocupam 80% da superfície total. O layout do edifício também foi projetado para facilitar as reuniões com clientes, autoridades locais, parceiros corporativos e start-ups.

Os espaços interiores mantiveram a volumetria inspirada nos códigos industriais, oferecendo muita luz aos pisos.

Luz natural e vidros eletrocrômicos

O edifício é atravessado por uma grande passagem aberta ao público durante o dia. Com uma superfície de 5.000 m², esta artéria abriga um food corner, uma academia, um auditório modular com 285 lugares e um centro de negócios.

Os espaços interiores mantiveram a volumetria inspirada nos códigos industriais, oferecendo muita luz aos pisos graças aos pés-direitos de 3,60 m de laje a laje e às fachadas de vidro em altura total. Os vidros eletrocrômicos mudam de cor de acordo com a luz do sol. No lado sul do edifício, o zinco micro perfurado deixa entrar luz natural ao mesmo tempo em que regula a temperatura.

Esta reestruturação de grande porte permitiu conectar o local ao seu entorno urbano imediato, em particular através de um pátio de acesso à futura estação Ile Seguin – Pont de Sèvres do Grand Paris Express (linha 15).

Redes técnicas visíveis

Como manda a identidade industrial, todas as redes técnicas interiores são visíveis, assim como a estrutura do edifício. “Para implantar a rede HVAC, tivemos que projetar soluções que realçassem os diversos equipamentos tradicionalmente escondidos nos tetos falsos. E mantendo ao mesmo tempo um alto padrão de conforto térmico”, explica Preethibane Valmy, da Lefort Francheteau Valorium.

Isto porque os espaços de trabalho são equipados com sensores conectados a um sistema de gerenciamento técnico do edifício (GTE) para racionalizar o máximo possível o consumo de energia do edifício. A manutenção técnica e o bom funcionamento das redes foram confiados à VINCI Facilities.

17/11/2022