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Esta solução de hardware e software desenvolvida pela Actemium Maintenance Belfort permite o processamento homogêneo dos dados coletados a partir de uma multiplicidade de sensores. Os alertas sobre o estado de funcionamento de uma máquina ficam então disponíveis remota ou localmente.

“Mais vale prevenir do que remediar”. Com base neste adágio, a manutenção preditiva visa monitorar o comportamento dos equipamentos ao longo do tempo e antecipar suas falhas. Este é o sonho de qualquer industrial e pode ser realizado hoje combinando a Inteligência Artificial (IA) e a Internet das Coisas (IoT).

Ao contrário da abordagem estatística da manutenção preventiva, a manutenção preditiva baseia-se na análise de dados reais coletados por sensores conectados colocados em um equipamento. A comparação desses dados com o histórico de uso da máquina permite identificar os sinais anunciadores de uma falha.

Em teoria, o conceito parece promissor. Mas na realidade, os fabricantes são confrontados com uma grande variedade de sensores, seja para medir as vibrações, a temperatura, a pressão ou a umidade. De um sensor para outro, o formato de dados ou o modo de processamento é diferente. Além disso, alguns modelos transmitem suas informações via comunicação com fio, outros via Wi-Fi ou o 4G.

Gerenciando a heterogeneidade

Para lidar com esta heterogeneidade, a Actemium Maintenance Belfort (VINCI Energies) desenvolveu a Global Box. Apresentando-se como um pequeno armário elétrico, esta solução, tanto software quanto hardware, pode ser conectada a qualquer tipo de sensor, a fim de consolidar os dados coletados e processá-los de forma homogênea. 

Esta “box” escalável pode ser adaptada às necessidades específicas de um industrial. 

Apresentada na feira VivaTech em maio de 2019, a Global Box pode ser instalada em equipamentos industriais de qualquer tipo e geração, tais como máquinas-ferramentas, transportadoras, grupos moto ventiladores ou pontes rolantes, a fim de monitorar seu estado operacional em tempo real.

A manutenção “just in time” na mira

“A box é posicionada de acordo com a localização do sensor, explica Jean-Philippe Kaiser, engenheiro de manutenção preditiva da Actemium Maintenance Belfort. Um sensor de vibração pode, por exemplo, ser instalado em um motor, e um sensor de temperatura em um rolamento.” Por razões de segurança, a Global Box pode operar sem uma conexão. Os dados da máquina são então coletados em um pen-drive.

“Com esta solução, partimos da situação existente, com uma abordagem pragmática, continua Jean-Philippe Kaiser. Um fabricante pode precisar de ter os dados disponíveis on-line ou localmente. Neste último caso, os alertas são enviados somente para o operador da máquina.”

Elaborada a partir de componentes padrão do mercado, a box é escalável e pode ser modificada de acordo com as necessidades específicas de um industrial. Mesmo que este não seja seu objetivo principal, ela também pode aprimorar um processo industrial.

De acordo com Jean-Philippe Kaiser, além da manutenção preditiva, a Global Box se insere na abordagem da qualidade de manutenção “just in time”. O objetivo é melhorar a taxa de rendimento sintético (TRS), que expressa, em porcentagem, o tempo durante o qual uma máquina produz peças consideradas “boas” em relação ao tempo teórico de produção. 

Este TRS aponta para problemas de falta de qualidade (sucata) ou de taxa de disponibilidade das máquinas. Esta manutenção “just-in-time” visa, acima de tudo, encontrar um equilíbrio entre a prevenção de avarias inesperadas e os custos adicionais associados à manutenção excessiva. 

11/03/2021